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Artigos Diversos

Monday, December 21, 2009

LITERATURA POPULAR: OS FOLHETOS DE CORDEL DA BC/UEL:
PESQUISA, PRESERVAÇÃO E DIVULGAÇÃO.



As estagiárias do projeto Isadora Vidal Pinotti Affonso e Laís Denise dos Santos Santana participaram do 17º Congresso de Leitura do Brasil (COLE) em Campinas, em Julho de 2009.
Elas apresentaram o trabalho "Literatura Popular: Os Folhetos de Cordel da BC/UEL: PEsquisa, Preservação e Divulgação", e publicaram um artigo com o mesmo nome que pode ser lido na íntegra aqui.

Wednesday, December 02, 2009

Resenha

“Quatro livros de mestre Leota. Todos de roupa nova” de Nicodemus Pessoa.

Por Ieda Sant’Ana

Nesta matéria o autor Nicodemus Pessoa traz informações sobre a nova edição de quatro livros do cearense Leonardo Ferreira da Mota Filho, mais conhecido como Leota. O autor conta a história de Leota que nasceu em Pedra Branca, mas quando criança se mudou para Quixadá, onde se tornou um dos maiores estudiosos da cultura popular nordestina. Por todo esse prestígio recebeu uma homenagem da editora ABC que fez o relançamento de alguns de seus livros como o “Violeiros do Norte”, “Cantadores”, “Sertão Alegre” e “No Tempo de Lampião”.

Nicodemus ainda comenta que Leota, enquanto folclorista, está no mesmo nível que Câmara Cascudo. E este fez um dos prefácios de um dos livros mostrando sua grande admiração pelo escritor.

A reportagem ainda conta com trechos (estrofes) dos livros, nos quais o escritor juntou um pouco das marcadas poesias do sertão, como alguns versos de Antônio Guedes Batista e de Luís Dantas Quesado e também das poesias de anônimos. Ele também recebe elogios de sua conterrânea Rachel de Queiroz na apresentação do livro “Sertão Alegre”.

A matéria nos mostra de forma brevíssima a história do escritor folclorista e também nos traz informações relevantes acerca do que ele escreve em seus livros; ótima para leigos que almejam um primeiro contato com o grande pesquisador do sertão Mestre Leota.

PESSSOA, Nicodemus. Quatro Livros de Mestre Leota. Todos de Roupa Nova. Caros Amigos, São Paulo, n. 88, p.32, jul/2004.

Resenha

"Os 140 anos do Grande Mestre do Cordel"

Por Isadora Vidal

Nesta matéria o autor, Nicodemos Pessoa, homenageia o cordelista Leandro Gomes de Barros, pois em novembro de 2005, este completaria 140 anos de idade. Pessoa relata fatos biográficos, como o local de nascença do autor, e dá informações sobre a obra deixada por Gomes de Barros.

Pessoa relata depoimentos e escritos de outros autores sobre o cordelista e, ao citar autores como Carlos Drummond de Andrade, Câmara Cascudo e Ruth Brito Lemos Terra, consegue transmitir a importância de Leandro Gomes de Barros e de seu legado literário de pelo menos 237 títulos, segundo o autor.

Em seguida podemos ler um trecho de um folheto escrito por Klévisson Viana com uma homenagem ao grande mestre do cordel. Nicodemos Pessoa ainda apresenta um trecho de um folheto de Gomes de Barros que demonstra como o cordelista já estava cansado em seus últimos anos de vida e antes de se aposentar.

Pessoa, como de costume e de forma sintética, transmite sua mensagem e consegue dar grande notoriedade ao tema de que trata citando muitos outros autores e livros, engrandecendo o cordelista Leandro Gomes de Barros e enriquecendo o material de seu artigo.

PESSOA, Nicodemos. Os 140 anos do Grande Mestre do Cordel. Caros Amigos, São Paulo, n.104, p.44, nov/2005.

Resenha

“Jóias do repente”

Por Isabella Biz

Nicodemus Pessoa apresenta um livro que é indispensável àqueles que se interessam pela literatura popular em verso. No livro Um Século de Literatura de Cordel, editado em 2001 pelo professor Joseph Luyten, está reunido tudo o que se publicou até hoje sobre o cordel no Brasil, uma bibliografia especializada feita por meio de informações recolhidas durante anos com a colaboração de outros estudiosos.

Nicodemus retira alguns fragmentos de folhetos e introduz alguns autores presentes no livro: Zé Duda, Diniz Vitorino, Lino Pedra Azul de Lima, Pedro Nicolau, Manuel Filó, João Furiba e outros.

No final o autor relembra a homenagem da CAIXA feita a um mestre da xilogravura, Jota Borges de Bezzeros, com a impressão de suas gravuras nas capas das agendas da CEF do ano de 2005.

NICODEMUS PESSOA. Jóias do repente. Caros Amigos, São Paulo, n.97, p.44, abr/2005.

Resenha

“De quadrão, de meia quadra, e também de gemedeira” de Nicodemus Pessoa.

Por Paulo Fuzinelli

O autor Nicodemus Pessoa expõe informações acerca do quadrão, da meia quadra, do gabinete e da gemedeira. A primeira, a partir das idéias de Câmara Cascudo se relaciona a estrofes com versos ilimitados, todos constituidos de quatro decassílabos no final e a coloca como um dos gêneros mais difíceis. O próximo gênero é a o gabinete, considerada por Nicodemus, muito próxima a meia quadra e possui em sua formação versos de seis e sete sílabas, mas sem número exato de versos.

Já o quadrão, é um gênero que se constitui de estrofes de oito versos, possuindo rimas nas três primeiras, mas pode também não ocorrer desta forma, já que, segundo estudiosos, tal gênero sofreu muitas mudanças ao longo do tempo.

Por fim, o autor demonstra a gemedeira, que tem em sua essência a explicitação de temas engraçados. Durante todo o artigo, com uma linguagem de fácil acesso, Nicodemus Pessoa exemplifica perfeitamente todos os gêneros contando com o trabalho de autores como Soares do Nascimento, Lourival Batista dentre outros, propondo-se a esclarecer e demonstrar os meios e as formas que constituem a literatura popular, além de propagá-la.

PESSSOA, Nicodemus. De quadrão, de meia quadra, e também de gemedeira. Caros Amigos, São Paulo, n. 79, p.45, Out/2003.

Resenha

“Aplausos do Cordel”

Por Claudia Flora

O artigo traz vários trechos de cordelistas importados para São Paulo e que, a partir das vivências neste estado, fizeram homenagens ao mesmo falando sobre o metrô, que é algo comum para maioria dos Paulistas.

O primeiro folheto citado tem como título Trabalhando a vida em São Paulo, escrito por Cecília Maria Rodrigues Nahas, a Ciça, que veio de Rondônia para São Paulo ainda garota. Seu texto fala que para entendermos melhor São Paulo é preciso voltar ao passado, e descobrir que o povo deste local se constitui de pessoas que vieram de outras nações em busca de nova pátria e de pessoas que vieram da mesma nação em busca de novo chão. O segundo folheto é do alagoano Sinzenando Cerqueira Lima intitulado Metrô: Uma Grande Construção, o cordelista dá boas vindas ao metrô e fala sobre a sua construção dando adeus à Maria Fumaça.

São Paulo e o Seu Sistema Ferroviário escrito pelo cordelista cearense Rubenio Marcelo é o terceiro folheto citado, neste folheto ele fala de como seria difícil a vida do trabalhador se tivesse que depender dos trens da CPTM e fala com grande entusiasmo os benefícios e comodidades dos metrôs paulistanos. O último folheto tem como título CPTM e Metrô: Rapidez, Segurança e Qualidade de Vida do cearense Antônio Carlos da Silva, mais conhecido como Rouxinol do Rinaré. Neste folheto o autor fala que o metrô já tem vinte e sete anos de tradição e faz parte de um mundo globalizado, sendo assim o mais moderno e confortável trem paulista.

Pessoa nos fala um pouco sobre o ganho que foi para o estado de São Paulo a invenção do metrô e para falar sobre esse tema utiliza a literatura popular como fonte de informação, citando até mesmo alguns trechos dos cordéis para desenvolver o artigo.

PESSOA, Nicodemos. São Paulo, 453 ano. Aplausos do cordel. Caros Amigos, São Paulo, n. 119, p. 45, fev/2007.

Resenha

“O grande poeta da primeira abolição”

Por Juliamaris Oliveira

O artigo fala dos folhetos de cordel dedicados ao grande poeta da abolição Castro Alves.

O autor comenta que vários intelectuais brasileiros estão cobrando em textos recentes uma nova abolição e cita o escritor Cristovam Buarque que começou essa nova critica publicando há pouco mais de dois anos “Os Estrangeiros”, segundo o autor neste há criticas sobre a violência, desemprego, fome, prostituição infantil etc.

Nicodemus cita fatos sobre a abolição da escravidão e as influências dos escritores brancos: o pernambucano Joaquim Nabuco e o baiano Antônio de Castro Alves.

Castro Alves é homenageado em centenas de folhetos, ele morreu em 1871, aos 24 anos de idade e havia publicado apenas um de seus livros, “Espumas Flutuantes”. “Hinos do Equador”, “Gonzaga”, “A revolução de minas” e “Os escravos e a cachoeira de Paulo Afonso” são obras póstumas. Castro Alves nasceu em 14 de Março de 1847 e escreveu desde a adolescência.

Comentário: Texto breve, com informações sobre um autor conhecido. Aspectos relevantes: trechos da poesia do autor citado que retratam o tema tratado, porém Nicodemus nos fornece informações desnecessárias no texto e nos dá informações incompletas. Ex.: Cita outros autores como exemplo, mas sem dar as referências bibliográficas.

PESSOA, Nicodemos. O grande poeta da primeira abolição. Caros Amigos, São Paulo, n. 87, p. 30, junho/2004.