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Tuesday, March 25, 2008

RESENHA
“As andanças (algumas) do cangaceiro maior” de Nicodemos Pessoa .
Por Laís Santana

O autor fala a respeito de Virgulino Fereira da Silva, o Lampião.
Lampião nasceu no estado de Pernabuco, quanto à data de seu nascimento há duas: Segundo o “Dicionário do Folclore Brasileiro” de Câmara Cascudo, Lampião nasceu no dia 7 de julho de 1897, porém em um site assinado por sua neta, Vera Ferreira existe uma correção do ano, que seria 1898. Esse mesmo site conta um pouco de sua infância, e diz que Virgulino teve uma vida comum, como a de qualquer criança de sua idade.
Um outro lado da infância de Lampião pode ser encontrado em versos, quase que no estilo cordel, do pernambucano Carlos Pena Filho (1926-1960), nesses versos pode-se perceber certa dificuldade em separar o lampião real de sua lenda.
Câmara Cascudo em seu dicionário escreve um verbete dedicado também a Virgulino. Cid Sabóia de Carvalho, jornalista e ex-senador, na apresentação da nova edição do livro “No tempo de Lampião” diz que atualmente a figura de Lampião é vista de outra forma, segundo ele a população brasileira vê Virgulino como um herói bárbaro protesto.
Sabóia acredita que uma parte da sociedade gostaria de vê-lo no inferno, e outra absorveu Lampião. Um folheto do alagoano José Pacheco mostra “A chegada de Lampião ao inferno”; por outro lado, o também alagoano Rodolfo Coelho Cavalcante opta por não castigá-lo, e escreve “A chegada de Lampião no céu.”.
De uma forma geral, o texto escrito por Nicodemus é bom, pois consegue mostrar o quão importante é a figura de Lampião para a cultura brasileira, se tornando temas de folhetos de cordéis, tendo espaço em livros, como no “Dicionário do Folclore Brasileiro”, de Cascudo e sendo tema de livros, como o do cearense Leonardo Mota. Por outro lado, Nicodemus falha por fazer citações irrelevantes, o que deixou o texto muito superficial em alguns momentos. Outra falha, a meu ver, é a apresentação desordenada dos fatos, o que acaba tornando o texto uma leitura não fluida.

PESSOA, Nicodemos. As andanças (algumas) do cangaceiro maior. Caros Amigos, São Paulo, n. 83, p. 22, fev/2004.

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